domingo, 5 de dezembro de 2010

Diário de Ensaio [do dia quatro de dezembro de dois mil e dez]

Ensaio no Espaço Coletivo às 09:00 com a guardiã do ensaio, Gislaine.

Começa com respiração (Ai Ki Do), alongamento, espreguiçamento (Sai Preguiça!), esquentar a garganta, aquecer as cordas vocais com refrões de músicas que cada uma escolheu:


Sabrina: Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranquilo / Deixar o seu amor crescer e ser muito tranquilo / Brilhar, Brilhar, Acontecer, Brilhar / Faca amolada / Irmão, irmão, irmã, irmão de fé / Faca amolada.

Gislaine: Alecrim / Alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado.

Lílian: E na hora que a televisão brasileira /Distrai toda gente com a sua novela /É que o Zé bota a boca no mundo / Ele faz um discurso profundo / Ele quer ver o bem da favela /Está nascendo um novo líder /No morro do Pau da Bandeira.


Depois "Batata frita 1,2,3", com tango.
Vendamos nossos olhamos e ao som do tango dançamos conforme cabia à nossas personagens.

Olhos vendados
Eu e o som
Som que sai do meu corpo
Do corpo da personagem
Eu sou a personagem
A personagem é o tango
O tango sou eu.

Cada uma teve a sua oportunidade de apresentar seu tango das vendas, porém, apresentar para si, o espaço, a parceira Gislaine e a câmera, pois a parceira Lílian estava vendada também. E eu estava vendada para a Lílian também. Ambas assistimos o tango da Gislaine.
Então fomos para um exercício ainda mais individual, mas muito necessário para sabermos um pouco uma da outra: passar a marcação inteira da cena ao som de um outro tango, sozinha, e com fala, se achar necessário.

Eu e o espaço
Movimentos precisos e marcados
Música que inspira, deixa a cena leve e as ações pesadas
Com quem eu falo?
Grande, expressões grandes, drama, quase como se a Sra Yorke soubesse que há pessoas na sua casa, assistindo-a.
Eu respiro?

Lílian e o espaço
Outro corpo.
Um corpo mais sutil, menor
Respirar mais, quase como se respirar fizesse parte daquela marcação
Uma face monótona, ar de suicídio
Personagem que explora outros planos.

Gislaine e o espaço
Sombra. O peso da cena.
Um ritmo mais lento
O corpo que se equilibra entre transbordar e conter
Assassina. Louca.
Cara de traidora
Explorar mais os planos?


Uma conversa para partilhar, para compartilhar, questionar, propor.
Assim finalizamos nosso ensaio.


Amém para nós todos.

Sabrina Motta




quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

UM DIA DE SARAU


Um dia de troca.
Dia de apresentação.
Um dia de mostrar um jogo.
Dia de um ar estranho.
Um dia de música .
Dia de tentativas.Um dia de vestidos.
Dia de cores.
Um dia que uma flor dormiu.
Dia de fotos. Um dia diferente do nosso dia .
Dia de flores aflitas.
Um dia de olhares desconhecidos.
Dia de caronas de amigos de um amigo .
Um dia agora registrado aqui.

Gislaine Nascimento



sexta-feira, 26 de novembro de 2010

17º Sarau da Matilde

O Coletivo Flores Urbanas estará neste sábado, 27, participando do 17º Sarau da Matilde.




Dia 27 de novembro , sábado, a partir das 22hs - 17º Sarau da Matilde

O Sarau da Matilde começou em 2005, e ao longo desses anos se tornou um dos eventos mais tradicionais da região, como idéia dos integrantes da Cia para estreitar a relação entre artistas da região e publico local aproveitando para estabelecer um projeto permanente na cidade voltado a cultura do grande ABC. O projeto é muito bem aceito pelos artistas e comunidade local, visto como uma grande festa cultural onde qualquer um pode expressar-se no momento que quiser, as inscrições são feitas na hora.
Esse projeto já contou com parceiros como Paulo Vilhena, Ailton Graça, Raoni Carneiro, Adilson Olar da Silva e grupo Folias de teatro.

ATRAÇÕES CONFIRMADAS PARA O DIA 27 DE NOVEMBRO:

Rena Ribeiro (pintura em tela), Adriano Viana (pintura em tela), Espaço Casemiro de Abreu (cena da peça Um certo Principe), Curta Metragem (Até fim do dia de Gustavo Brandão), Curta Metragem (Tauri de Marcio Miranda), Grupo Lost Dance (coreografia de street dance), Coletivo Flores Urbanas (esquete teatral), Junior Docini (esquete teatral), Grupo Arte Húmus (cena Ofélia à Passarinho), Cia Temt (esquete teatral).


O Universo Cultural da Matilde fica na Rua Senador Vergueiro, 551 - São Caetano do Sul.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Crepúsculo dos Deuses (CineColetivo)

(Sunset Boulevard, 1950)

Ex-estrela do cinema mudo, Norma Desmond(Gloria Swanson), recebe a visita de Joe Gillis (William Holden), um roteirista desconhecido. Este é quem narra a história, com doses de humor, sarcasmo e drama, para relembrar seu envolvimento com Desmond, uma esquecida estrela de Hollywood que vive de lembranças em sua mansão localizada na célebre Sunset Boulevard e cujo único empregado é, ironicamente, o antigo diretor de seus filmes (memorável performance de Erich von Stroheim).
O filme é uma devastadora sátiras sobre o lado sombrio do ser humano e da indústria de cinema americano.


ELENCO
  • William Holden - Joe Gillis
  • Gloria Swanson - Norma Desmond
  • Erich von Stroheim - Max von Mayerling
  • Nancy Olson - Betty Schaefer
  • Fred Clark - Sheldrake
  • Lloyd Gough - Morino
  • Jack Webb - Artie Green
  • Franklyn Farnum - coveiro
  • Larry J. Blake - Homem de finanças
  • Charles Dayton - Homem de finanças
  • Cecil B. DeMille - ele mesmo
  • Hedda Hopper - ela mesma
  • Buster Keaton - ele mesmo


segunda-feira, 28 de junho de 2010

Por Gislaine Nascimento, Lilian Ganzerla Cardoso e Sabrina Motta




Sol Lua e Estrela

Palavra Cantada

Quando a lua chega de onde mesmo que ela vem?
Quando a gente nasce já começa a perguntar
Quem sou?
Quem é?
Onde é que estou?
Mas quando amanhece quem é que acorda o sol?
Quando a gente acorda já começa a imaginar
Pra onde é que eu vou?
Qual é?
No que é que isso vai dar?
Quando a estrela acende ninguém mais pode apagar
Quando a gente cresce tem um mundo pra ganhar
Brincar, dançar, saltar, correr
Meu deus do céu onde é que eu vim parar?

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sobre a apresentação na UFABC



"Teatro só faz sentido quando é uma tribuna livre onde se pode discutir até as últimas consequências os problemas dos homens."

Plínio Marcos





Sra. Yorke, uma viúva de meia idade cheia de pretensões sociais.
Lily, filha da Sra. Yorke uma intelectual frustrada.

Um texto escrito em 1935 e ainda tão atual na sociedade de hoje. A mulher como figura de casa; a mãe que quer que a filha se case e tenha "sucesso"; 1935, a época em que uma mulher ser inteligente era ser diferente das outras, era perigoso, era um fracaso.
Como é hoje escolher fazer algo que se gosta? Temos o modelo perfeito de vida, o padrão do sucesso, a faculdade que dá carreira, o casamento que dá futuro. Questão de educação? Questão social?

Sra. Yorke que vê Lily espelhada, como se já tivesse nascido com ela a FUNÇÃO de ser mulher das mulheres que sua mãe foi. Foi, porque agora não é mais, seu dinheiro se esgotou e a única saída que resta para ter uma vida digna é sua filha, que além de não estar nem aí para a sociedade, de não fazer parte dos círculos de amizades-interesse que todas as jovens garotas do ano fazem, também zomba dessa postura que sua mãe insiste em ter quanto ao lugar da mulher no social.
Ainda hoje refletimos essa sociedade, e tenho certeza que se Tennessee Williams estivesse presente no debate que aconteceu hoje após a apresentação na UFABC, diria: minhas peças não são atuais, foi o mundo que não evoluiu.

Foi uma apresentação muito interessante, apesar de ter acontecido sem elementos bastante importantes em cena, mas ainda sim, uma apresentação que deve ser levada como um aprendizado de em lidar com imprevistos.
Fomos bem acolhidos e esperamos que tenhamos acolhido também.

Agradecemos a Escola Livre de Teatro de Santo André, a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da Universidade Federal do ABC, pela oportunidade e iniciativa de troca e, agradecemos principalmente, ao Fernando Melo que têm nos acompanhado e se tornado uma pessoa fundamental no processo.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Coletivo Flores Urbanas na UFABC!

O Coletivo Flores Urbanas estará nesta quinta-feira se apresentando na Universidade Federal do ABC - Campus de Santo André.

Duas atividades teatrais farão parte da Semana de Integração 2010 da Universidade. Sendo uma delas o Coletivo Flores Urbanas (13/05) com o exercício Por que você fuma tanto, Lily? e A Carpintaria de Teatro Infantil (17/05) com O Mágico de Nóis.

Para conferir a programação no site da UFABC - Universidade Federal do ABC, clique aqui.

domingo, 11 de abril de 2010

Mostra de Cenas Curtas em Americana

Nos dias 30 de abril, 1 e 2 de maio será realizado a IV Mostra de Cenas Curtas do Fábrica das Artes, em Americana (SP). O Coletivo Flores Urbanas foi um dos classificados com a cena Por que você fuma tanto, Lily?. Segue abaixo a programação do festival e site para quem quiser conferir um pouco mais do que é esssa Mostra:

30 de abril – Sexta feira

20h00 – Abertura
20h10 – Comédia - Sou teu eu ou meu?
Cia de Teatro Acidental – Campinas - SP
20h30 – Improviso - Essa Pessoa
Cia Chama Teatro – São Paulo – SP
20h55 – Drama – Manifesto Artaud
Cia Teatro Genoma – Praia Grande – SP
21h20 – Comédia – O Quarto
Cia Viviani Palandi – Santo André – SP
21h45 – Drama – Por que eu sou o outro
Cia Arteatrando – Amparo – SP
22h10 – Comédia – Uma Versão
Cia Ar Cênico – Americana – SP



01 de Maio – Sábado

20h00 – Abertura
20h10 – Teatro de rua – Maria Farra
Cia Teatro São Gonçalo – São Paulo – SP
20h35 – Drama – Por que você fuma tanto Lily?
Coletivo Flores Urbanas – Santo André – SP
21h00 – Comédia – O Despertador
Grupo Ar Cênico – Americana – SP
21h25 – Drama – A vida pela janela
Cia na Corda Bamba de Teatro – São Paulo – SP
21h50 – Comédia – A Bomba Anatômica
Cia Pelo de gato preto – Limeira – SP
22h15 – Drama – Homem e Mundo, o espelho mágico
Cia Realúdica – São Paulo – SP

02 de Maio – Domingo

19h30 – Cerimônia de premiação
Apresentações de cenas convidadas


Site do Fábrica das Artes: http://www.fabricadasartes.art.br

terça-feira, 6 de abril de 2010

Estudo sobre o Realismo

Em 2009, a Formação 12, da Escola Livre de teatro, iniciou um estudo sobre o Melodrama e o Realismo. Depois de alguns meses de processo, o material obtido foi apresentado ao público na Mostra de Processos da Escola Livre de Teatro, em julho de 2009.



A cena Por que você fuma tanto, Lily? estava presente entre as apresentações.